People who likes this stuff, dont know why

domingo, 20 de maio de 2012

Qual é o limite?


O ser humano volta a tona com as ilusões que lhe são fornecidas, talvez pelo bem que estas não lhe garantem, ou talvez pelo mal constante que lhe é vangloriado pela força da atracção dos seus fiéis que lhe não são nada.
Tenho que dar os parabéns a estes sentimentos que corroem o corpo de qualquer um, pois estes não são mais que constantes glórias, ambíguas por si só, e indiferentes de espaço, de tempo e de sorte. Sorte esta que não nos deixa em paz, ou falo por mim?
Pois não acredito que há um que passou pelo mesmo que eu, que vagueou pelos mais escondidos traços do mundo e que olhou para trás sem sequer derramar uma lágrima.
Que mentira.

Tantas lágrimas derramadas fariam um oceano azul claro, avançando para a terra de uma forma estrondosa, ameaçando destruir tudo e todos , como um mal que se abate pela humanidade.

Escrevo este papel com as últimas forças que me restam, sim, uma réstia de amor próprio que nada mais é do que um insecto a rastejar pelas minhas veias, procurando um pedaço de sangue não contaminado para contaminar.
Talvez deva, digamos acabar?
Ou acabar é uma palavra forte?
Uso-a porque já vi seres a usarem esta mesma palavra, e acreditando nela, já a tentando várias e inúmeras vezes, e graças a mim que esta palavra não tem fim.

Mas uma pessoa farta-se do mesmo, e eu fartei me daquilo que desconhecia.
Tomei a liberdade de usar a felicidade, mas desconhecia-a de tal maneira que as minhas saudades inexistentes surgiram.

Estou me a mudar para o meu mundo, a minha terra natal.
Sem poder, sem força, arrasto me sobre este mundo declarando me rei.
Soberano desta maldade, deste desespero corrido ao pontapé por todos os homens que possuem boa vontade sob si próprios.

Saíste-me um inimigo perfeito, talvez um dia eu me vá embora e diga que me desapontaste. que podias ter me acordado, em vez de me deitares no chão e fingires que estou morto.
Não se preocupem, estou a falar comigo mesmo, não tenciono falar mal de ninguém nesta peça.
Agora percebem que tipo de pessoa sou, amarga de boa vontade para mim, pensando que os outros merecem mais que eu, porque? Respondam-me vocês, porque eu até agora não me sinto habilitado.

Alguém acredita em milagres?
Alguém se sente optimista o suficiente para me explicar como?
Talvez eu não tenha razão e armo-me em coitadinho vezes demais.
Mas eu não acho que sou criança o suficiente para ignorar tudo o que acontece a volta de uma pessoa que só quer se sentir bem, e que quis auto controlo sobre a sua vida.

Pergunto me porque escrevo isto, porque inaugurei uma coisa que já tinha enterrado á um vida atrás. E sei perfeitamente que não é por ter começado tudo de novo, porque isso só vai acontecer quando esquecer tudo e todos.

E estou a contar cada dia que passa..

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Controlados

Uma vida aparentemente normal. Um dia, parecido com aquilo a que chamamos "regular".
Uma rotina, uma pessoa, vários lugares visitados todos os dias.
Já sabia aqueles prédios, aquelas ruas, até sabia quais as pessoas que iam passar a determinado momento. Não gostava minimamente de sabe-lo, queria me ver livre das paredes que me tomavam como prisioneiro, guardavam-me captivo entre o céu escuro, a mandarem-me areia para os olhos.
Estava a andar naquele passeio sujo, sem algum sinal de vida, sabia que ainda me faltava muitos passos para o meu destino e os pés já me doíam, mas não desisti porque era mais forte que eu.
E reparei num homem a andar na minha direcção, mesmo a minha frente quase que como se quisesse chocar contra mim. Estava calado, e a olhar muito para mim de olhos bem abertos. Ignorando, olhei para o chão e continuei o meu caminho. Decidi só olhar mais uma vez para ver se ele ainda se encontrava lá, e de repente quando lhe lanço um olhar, ele atrapalhado pega no telemóvel e começa a balbuciar o que me pareceram ser palavras. Não dizia coisa com coisa, como se estivesse a disfarçar algo de mim.

"Disparate, não és o centro das atenções" - Pensei eu, estupidamente.

Mais tarde, depois de muito tempo a andar reparei que estava na mesma rua, no mesmo local onde vi o homem, mas agora ele já não lá estava. Mas sim, uma imensidade de gente, tudo a ir contra a mim e esbarrarem me com os seus corpos pesados. Notei uma grande diferença desta multidão para as pessoas ditas "normais". Estas pessoas, estavam todas ligadas umas as outras, como se se conhecessem todas. Falavam de uma maneira muito esquisita, um dialecto estranho que não consegui perceber. Muitos, quando passavam por mim, baixavam a cabeça quase que por vergonha. Não me conseguiam olhar nos olhos, comecei me a sentir muito estranho.

A cada passo meu, acendia-se uma luz da rua. Senti-me muito ameaçado, mas ao mesmo tempo senti que algo de importante ia acontecer naquele momento.
Senti-me um Rei no meio do meu povo, como se comandasse aqueles corpos sem capacidade de pensar. Que não pensavam, só agiam.

De repente, o meu cérebro dá uma ordem às minhas pernas para se começarem a movimentar muito depressa para um sítio desconhecido por mim.
Fora do meu controlo, deixei me seguir. Não sabendo porque, sabia que não podia fazer nada para impedir que tal acontecesse.

Nunca corri tanto na minha vida, passava pelas ruas a velocidades estonteantes e ninguém que passava por mim se parecia importar, naquele momento não reparei em nada do que escrevo porque tiraram me a capacidade de pensar. Agia por instintos, não nascidos comigo, mas dados naquele preciso momento. Não consegui perceber o que me fizeram, mas hoje aprendi a teoria da maldição que me mandaram.

Por mais que corresse, o impressionante é que não me sentia cansado, porque não era que me estava a controlar.
Finalmente parei.
Nãosabendo onde estava, tentei mexer as pernas e os braços para ver se os controlava.
Pelos vistos estava tudo bem.
Olhei para os lados para tentar perceber que lugar tenebroso era aquele, escuro como breu.

Vejo uma luz ao fundo da paisagem, e percebi que era o único sítio que me podia refugiar.
Vi uma silhueta ao pé da luz, senti uma imensa curiosidade em ver o que era.

Não há palavras para descrever o medo que senti naquele momento.
A silhueta era uma das personagens do meu texto, em carne e osso, viva, naquele momento, naquele lugar. Pasmado, não sabia como reagir.
Aproximei-me devagar, para ver se conseguia falar com ele, e do nada ele começa a correr, a fugir do seu criador. Irritado não sabendo porque, fui a correr atrás dele.

Ele era obra da minha mente, era lá que ele merecia estar.
(...)e de repente tropeço e vejo que caio no meio da estrada, tinha voltado ao mundo real.

E no mundo real há uma coisa muito banal que é a morte.


Que estava se a dirigir a mim em forma de um autocarro a uma velocidade que não dava para evitar a tapar a cara com a mão e esperar pelo pior.
Soltei um grito vindo do fundo da alma, a sentir o peso a esmagar me o peito.
Abro os olhos de repente e vejo que o autocarro tinha parado firmemente mesmo a minha frente, como se controlado por uma força maior. e foi aí que percebi que havia alguém que queria que eu vivesse, alguém que queria que eu chegasse ao meu destino.
Levanto-me calmamente, soprando o pó da camisola.

O meu único desejo era que aquilo acabasse, realidade, sonho, alucinação o que fosse.
Sentei-me com a ideia de que me ia sentir mais aliviado, e foi aí que o sonho começou.
Comecei a sentir a minha cabeça a ficar leve, quase como se estivesse a flutuar.
Vi cores, formas, letras, tudo era claro na minha cabeça.
Tinha adquirido todo o conhecimento do mundo. A partir daquele momento tornei-me no homem mais inteligente do planeta.

Viajei para um lugar desconhecido por mim.


Mas não quis ficar, quis com que aquilo acabasse, queria a vida que eu tinha escolhido, e não que alguém maior em mente que eu tinha decidido o que era melhor para mim.
Não ia viver a minha vida com as escolhas dos outros.
E foi aí que me surgiu a filosofia na minha mente.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Confissões de um Profissional

"As pessoas não percebem. Não percebem o quão complicado, a preparação que tens que ter para realizares este tipo de coisas. Não é como se mostra nos filmes, nos jogos.. Isso é tudo uma ilusão, estariam a facilitar-nos o trabalho. Eu vivi esses momentos, ainda os vivo na minha mente, não é fácil de esquecer a cara das pessoas quando as estas a matar.
Lembro me muito bem do meu primeiro assassínio, foi em Dezembro, na altura do Natal.
O sangue.. O sangue dela espalhado pela neve, eu sabendo que tinha que fugir para não ser apanhado pelas autoridades, não consegui parar de olhar para ela, a sua voz ténue a pedir me misericórdia. Não podia demonstrar sentimentos, não podia nem uma lágrima derramar.

O meu trabalho não me permitia.

Há um certo tempo em que se habitua, como em todos os casos.
Mas há sempre um sentimento que não consegues controlar: a culpa.

Eu podia me explicar, podia dizer que a culpa não é minha, que não tive que seguir este caminho. Em vez disso, vou vos dizer o que é que a realidade quando se está num ramo complicado, como no meu.

A preparação, é a primeira e a mais importante coisa que se deve fazer antes de um "trabalho". As luvas, justas á mão, feitas do melhor couro preto. As luvas têm que ser bem apresentáveis, porque é com as mãos que vais executar. O fato.
Muitas pessoas pensam por causa desses filmes que os assassinos só têm um fato da Armani ou Gucci só porque podem, mas eu vou vos explicar a razão.
Tens que ir arranjado para o que vais fazer. Não se vai para um evento tão importante como a morte de uma pessoa e não se vai bem arranjado. Ninguém vai para uma igreja de fato de treino, percebem o que estou a dizer? Os "instrumentos" guardados numa mala empresarial, com todas maneiras possíveis de fazer para um coração. E por fim, a arma.
O melhor amigo do homem, a arma. Para todos existe uma, específica. Sempre amei a minha, uma Desert Eagle de calibre 50, preta com as linhas dobradas a ouro e uma assinatura de lado

"
Omnia cinis aequat. - A morte tudo nivela"

Guardava-a cuidadosamente numa mala especial que comprei para a guardar, e acreditem que não é barato. Limpava-a sempre a seguir a um trabalho, como diz o código N º56

"Ter sempre a arma limpa, é o instrumento que representa a ti e à tua profissão"

Nunca conheci a pessoa que me dava os trabalhos, ou seja, alvos.
Ligava me dum numero desconhecido, ou então enviava me um mail pessoal. Sei que é uma mulher, pela voz parecia me uma mulher poderosa, que sabia o que estava a fazer, que não estava naquele cargo só por ter os olhos bonitos. Dizia-me sempre as coisas com clareza, se eu não percebesse algo do trabalho, tinha que ser eu a estudar, naquele ramo ninguém ajuda ninguém. Ages sempre sozinho.
Os alvos variavam, nem sempre era Barões da Droga, ou Empresários corruptos. As vezes era simplesmente vingança pessoal do cliente, nós é que ficávamos com a "culpa".

E nunca podias levar um (...) trabalho a peito, tinha que me mentalizar que era só um alvo, uma pessoa a silenciar. Nunca poderia pensar que mal é que aquela pessoa teria feito ao mundo para as pessoas quererem na ver morta? As vezes tínhamos que deixar assinaturas, pedidas pelos clientes, as vezes uma ultima fotografia, que seria a ultima coisa que o alvo via, ou então deixar um objecto pessoal da pessoa em cima do corpo, como uma espécie de aviso.
Os clientes nunca perceberiam que se uma das assinaturas corre mal, o prejuízo cai para os assassinos. Mas nós somos seres humanos, vemos dinheiro á frente e não queremos outra coisa. Para terminar, queria dizer ás pessoas para não se iludirem.
Para pensarem nas coisas como elas são e não como vos mostram. Vivam a vida a cada minuto, porque ela pode desaparecer em menos de um segundo.

- Entrevista a um Assassino.
Ultimas palavras antes de ser Morto por fuzilamento.
"The New York Times" Artigo Nº 12

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A bela (...) do Imaginar

Um dia normal, estava no meu caminho habitual: rotina.
Via sempre as mesmas pessoas, as mesmas coisas, os mesmos edifícios. Tinha perdido a magia de pequeno, a felicidade que era deixarem-te ir sozinho para casa.
Era uma responsabilidade enorme naquela idade, eu senti me orgulhoso na primeira vez em que a minha avó não me foi deixar à escola, apenas vira-se para mim e diz "Acho que já és grande o suficiente para o fazeres sozinho" - são apenas lições de vida.

Estranhamente, neste dia simples, havia algo que me estava a perturbar.
Um som, quase como se um zunido dentro da minha cabeça. Já não conseguia evitar, queria saber o que era aquilo. Teria ficado doente?
Cheguei ao ponto onde nem dar cabeçadas na parede ajudava. Estava a lutar comigo próprio.
No meio destas cortinas problemáticas, estendi o braço para poder ver através dessa cortina.
Reparei numa silhueta, vinda lá do fundo, não tinha bem a certeza do que via.
Quanto mais se aproximava, mais eu reparava na beleza desse ser. Era uma rapariga, jovem, com os olhos pérola, cabelo castanho avelã, que mais se precisa para a perfeição?
Com um rasgão de olho, fixo me nos seus. Ela olhava me também. Avaliava-me com o olhar.

Escapou-lhe um sorriso, e com isto foi-se embora.
Eu queria pôr na cabeça que era um sonho, acreditem que queria. Mas não dava para evitar e saber a verdade. Queria saber o quão improvável seria a possibilidade de...? Ah. "Calúnias" Dizem eles. Eu não quero saber da vossa falsidade. Vocês não me dizem nada, não são nada para mim.
Deixei o assunto pendente e continuei a caminhar.
Enquanto caminho, vejo um indivíduo a andar ao meu lado, não muito longe.
Espiava-o pelo canto do olho. Vejo a tirar uma coisa da sua mala enorme, parei. Fingi que estava a apertar os sapatos, aquilo despertou me a atenção.
Ele tira cuidadosamente, certificando-se que ninguém o olha.
Com muito cuidado tira Um baixo. Um baixo azul com braço preto e as linhas dobradas a ouro. Não. Este episódio da minha vida não podia ser real. Aquele baixo, era o baixo que eu imaginava dias a fio. O instrumento musical que um dia, ilusivamente me iria levar para o caminho do estrelato. Ele pega no baixo, examina-o, e vira se para mim, reparou que eu estava a olhar para ele. Eu atrapalhado, continuei a atar os sapatos que tinha desatado há 10 minutos atrás. Ouço a chamar o meu nome, a e atirar me o baixo para as mãos.
Aquela pancada pesada, do baixo no meu estômago, sem forças, caí no chão.
Sinto uma grande luz apontada a mim, com a intensidade dela não pude ver de onde vinha.
Levanto-me tonto com a pancada, com uma mão na cabeça e com a outra a agarrar o baixo.

Ergui-me.

Fiquei branco quando percebi o que estava a minha frente.
Estava numa plataforma, no meio da rua. Sem carros a passarem, nada.
Apenas um concentrado de todas as pessoas de Lisboa inteira á minha frente, parecendo que estão a espera de algo que vai acontecer. Eu estava espantado. Congelado. Sem saber o que fazer. Em pânico, procurei á volta, a ver se conhecia alguém, alguém a quem eu me pudesse inclinar minimamente. Ninguém. Senti me sozinho num mundo ainda desconhecido por mim. Olho para o baixo, e com uma ultima esperança ponho me a tocar. Notas saídas dum sítio que não era explorado por mim há muito tempo, a alma. Na minha cabeça consigo imaginar tudo a acompanhar-me, guitarra, bateria, voz. Todos em sintonia a fazerem a arte mais valiosa deste planeta, a música. De repente, o público muda sem eu sequer me aperceber. Em vez do habitual headbang, as pessoas começaram a dançar no ritmo duma música frenética, contagiosa, ritmada, quase que pura batida selvagem.

O meu corpo naquele momento não pertencia a mim, mas sim, ao inferno em si.
Dançava, estonteante, soltava o meu corpo em ondas e pulsações.

Mas espera, o efeito está quase a passar!
Sinto-me tonto, não pode, não pode estar a passar.
Sinto me fraco, vulnerável.

Tenho que sair dali, daquele mar de pessoas que me rodeava.
Cambaleei até uma parede, suja, que não pertencia a aquela parte da cidade.
Onde estou? Tinha-me perdido nestas quatro paredes.
Tinha que voltar ao meu "eu". À minha pessoa.

Uma palavras inspiradoras, uma frase qualquer coisa.

"His palms are sweaty
Knees weak
Arms are heavy
There´s vomit on his sweater already
Mom´s spaggeti
He´s nervous
But on the surface he looks
Calm and ready
To drop bombs
(...)
He opens his mouth
but the words
Won´t come out
He´s chocking now
Everybody´s joking now
The clock runed out

TIme´s up Over Blau!

Era disso que precisava para voltar ao topo.
E chegar seguro a casa.

O sítio que pode ser em qualquer lugar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Foi o que eu fiz.

Os recomeços das histórias têm sempre um nome como "um novo começo", ou algo do género. Não sei o que deva chamar a meu regresso. Não sei se for por bem, ou por mal, mas algo me levou a continuar. Apenas ausentei-me menos tempo do que espera, porque afinal percebi que não posso viver sem isto, faz parte de mim, ajuda-me, faz de mim o que quero.

Liberta-me.

E não há ninguém ou nada no mundo que me posso compreender melhor que isto.
Estive bem este tempo todo, sou um homem novo, um homem mudado.
Percebi de muitas coisas que fiz mal, e melhorei-as. Afinal, é para isso que a vida nos dá chapadas. Eu finalmente libertei-me deste sono maldito.

Sinceramente, não sei bem sobre o que hei de escrever, mas não me está a sair mal para um início. Simplesmente, vou fazer aquilo que sei fazer melhor, deixar-me levar.

E aí está uma coisa que não resultou a melhoria, esse pequeno defeito que pode destruir vidas, ainda está bem presente em mim. Tudo está bem, a não ser esse pequeno detalhe.

E acreditem que estou a tentar livrar-me dele, já há muito tempo.
Mas, não percebendo porque, ele deve ter gostado de mim, tanto que não me deixa sozinho.
Está sempre ao meu lado, mesmo não querendo. Sabe que tem que fazer o seu trabalho. E eu fui a sua vítima.

"Mas, não há mais pessoas a quem possas fazer isso? Porque tenho que ser eu? Responde me só a essa questão."

Mas ele fica calado, como se não me ouvisse.
Fiquei cansado de lhe gritar, porque não vale a pena. Sei perfeitamente que ele não me dá ouvidos. É egoísta, só pensa em si. Ah, e pensa também de que forma é que vai arruinar o meu dia, esqueci me disso.

Um peso nas costas que nem a escrita pode tirar, não estava preparado para isso.
Ninguém em tinha avisado, mandaram me para este mundo sem eu saber nada do que se passava a minha volta, e tenho que ser eu o responsável por isto? Não. Já chega sim?

Sabem aquela sensação de ter tudo sob controlo?
Sabem que têm um pequeno problema, mas pensam que é muito fácil e ignoram-o porque estão mais interessados em saber que podem controlar tudo o que se passa com vocês?

Sim, foi mesmo isso que fiz.
Querem um conselho? Nunca mais.

Não façam isso, porque essa sencação pode crescer,e vocês perdem tudo.

Só por causa desse probleminha, que afinal é maior do que vocês pensavam.

Pois.


E quando caiem agarram-se ao quê?
Pensem nisso, porque eu já pensei.
Pensem bem em quem podem confiar.
Em quem podem contar.

Porque nem todos são aquilo que mostram.

"Descobrir a verdadeira essência"? Isso é mentira.
É só perceber como as pessoas são, e as vezes é difícil eu sei.
Mas isso é um factor crucial para a vivência de uma pessoa.

Bem, foi uma tentativa.
Se calhar é boa ideia não largar isto.
Isto, que me dá prazer.

Se calhar é boa ideia.
Obrigado.